Neymar foi muito criticado – principalmente por este que vos escreve – em diversas ocasiões. O cai-cai, a demora para soltar a bola, a postura de celebridade. Apesar de tudo isso, não há dúvidas que o camisa 10 do PSG é o melhor jogador brasileiro da década.
Ele já conquistou Libertadores, Liga dos Campeões e Jogos Olímpicos. Mas foi num duelo contra o Olympique de Marselha que Neymar fez sua principal jogada. Não aceitar o racismo de Álvaro González é tão digno de palmas quanto o gol mais bonito que já fez – fico na dúvida se é aquele contra o Villareal, enquanto ainda defendia o Barcelona, ou no épico Santos x Flamengo de 2011, que o fez ganhar o Prêmio Puskas.
A cobrança principal de Neymar faz todo sentido e precisava ser feita às autoridades. “Pegar minha agressão é mole… agora eu quero ver pegar a imagem do racista me chamando de macaco”, disparou o craque brasileiro sobre o uso do VAR.
VAR pegar a minha “agressão” é mole … agora eu quero ver pegar a imagem do racista me chamando de “MONO HIJO DE PUTA” (macaco filha da puta)… isso eu quero ver!
E aí? CARRETILHA vc me pune.. CASCUDO sou expulso… e eles? E aí ?— Neymar Jr (@neymarjr) September 13, 2020
Que questionamento! Que golaço!
A FIFA, a UEFA e todas as ligas nacionais fazem campanha contra o racismo anualmente. Agora é hora das entidades punirem e demonstrar que não há mais espaço para isso.
Não aceitar qualquer ato de racismo é digno de palmas para um atleta com o histórico de Neymar, que costuma se calar sobre assuntos fora da quatro linhas. Poucos têm a clareza e a coragem para se posicionar.
Por isso é preciso aplaudir tanto o piloto Lewis Hamilton, que inclusive é amigo de Neymar. O inglês, principal nome do automobilismo hoje, levanta nossa bandeira semanalmente.
Essas personalidades, com todo o alcance que possuem, são essenciais para que o esporte e a sociedade evoluam.