Um casal suspeito de vender remédios abortivos foi preso no bairro Novo Mundo, em Curitiba, nesta terça-feira (15). Segundo a PCPR (Polícia Civil do Paraná), em quatro meses, somente em uma das máquinas para pagamento em cartão, foram recebidos R$ 81 mil pela venda dos medicamentos.
No momento da prisão, a polícia encontrou 105 comprimidos abortivos e 78 comprimidos de sildenafila (princípio ativo do Viagra), além de um caderno de anotações referentes ao negócio ilícito, máquinas para pagamento em cartões (veja abaixo), comprovantes bancários, celulares e R$ 2,3 mil em dinheiro.

CASAL VENDIA REMÉDIOS ABORTIVOS POR R$ 100 A UNIDADE
Segundo a polícia, o contato da mulher, de 26 anos, era encontrado em sites de pesquisas na internet e ela era a responsável pela negociação via aplicativo de mensagens. Cada comprimido era vendido por R$ 100 e, caso a mulher desejasse acompanhamento presencial, era cobrado mais R$ 1,5 mil.
Depois de enviar os comprimidos, a mulher prestava apoio on-line, via aplicativo de mensagens, as mulheres. Algumas delas relatavam, em um grupo, quantos remédios usou e as condições que o feto foi expelido.

Os abortivos eram vendidos para pessoas de Curitiba e região metropolitana, além de Santa Catarina. O responsável pelas entregas era o marido da jovem, de 35 anos. O casal foi autuado pela PCPR por falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado para fins terapêuticos ou medicinais.
ABORTO NO BRASIL
No Brasil, o aborto provocado é crime e tem pena prevista de até três anos para gestante e até quatro anos para médico ou pessoa que realize o procedimento de retirada do feto. Apenas em três situações o aborto provocado não é punível:
- salvar a vida da mulher;
- quando a gestação é resultante de um estupro;
- se o feto for anencefálico;