Diversidade e longevidade: ferramentas para o futuro das indústrias


Estudo inédito publicado pelo Sistema Fiep analisa mudanças na gestão do capital humano até 2035 a partir dos conceitos de inclusão, diversidade e longevidade O que é preciso para que uma empresa seja considerada inovadora? Uma boa gestão de capital humano, que concentre esforços em temas como diversidade, inclusão e longevidade. Ainda que não sejam conceitos novos, boa parte das empresas brasileiras carecem de informações para desenvolver sua força de trabalho a partir de novas perspectivas. Esse é o objetivo da publicação Rotas da Diversidade e Longevidade 2035, elaborada pelo Sistema Fiep por meio do Centro de Inovação Sesi Longevidade e Produtividade (CIS LP). “Um dos entendimentos é de que não há inovação sem diversidade. Queremos auxiliar na promoção de pesquisas e estudos na área, estimulando a inovação por meio desses conceitos”, explica Noélly Mercer, coordenadora do CIS LP.
O estudo é inédito no Brasil e contou com a cooperação técnica de 54 especialistas. Por meio da análise de indicadores, barreiras e fatores críticos de sucesso, o Sistema Fiep também apresenta ações de curto, médio e longo prazo, para que as indústrias tenham apoio na tomada de decisão. “O trabalho visa inspirar e contribuir para que ações inovadoras nas tratativas dos temas Diversidade e Longevidade sejam propostas nos ambientes organizacionais”, completa a coordenadora.
Diversidade para a competitividade
De acordo com o Kantar Inclusion Index, índice global de inclusão e diversidade, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking de nações onde as organizações já consolidaram esses temas no dia a dia. A pesquisa revela que 28% dos entrevistados “sentem que suas empresas precisam ser mais inclusivas e diversas do que são atualmente”. Foram ouvidas 18 mil pessoas em todo o mundo.
Pensar na gestão sob a ótica da diversidade já se tornou essencial nos negócios que buscam competividade a longo prazo. O Rotas da Diversidade e Longevidade trabalha com o ano de 2035 como referência de tempo. “As lideranças estão compreendendo que suas empresas não podem ser bem-sucedidas, nos cenários local e global, se não tiverem uma força de trabalho diversificada e inclusiva”, analisa Noélly. O roadmap traçado a partir do estudo do Sistema Fiep aponta a diversidade como fator fundamental para impulsionar a inovação e a criatividade, orientar estratégias de negócios, melhorar o clima organizacional, facilitar o diálogo com diferentes stakeholders e diversificar as competências. “Múltiplas vozes levam a novas ideias, novos serviços, novos produtos e a uma série de outros avanços”, sinaliza a coordenadora.
Tempo
A publicação do CIS LP do Sistema Fiep estabelece três linhas macro para a transformação social dentro das empresas. Até 2035, a soma das ações deve dar origem a “organizações mais humanizadas que criem ambientes inclusivos e diversos, respeitando e valorizando todas as pessoas com igualdade e que desconstruam os preconceitos e estereótipos para impactar positivamente na rentabilidade organizacional e na sociedade em geral”, diz o estudo.
O tópico longevidade também tem grande relevância para a sustentabilidade dos negócios. Afinal, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), até 2050 mais de dois bilhões de pessoas no mundo terão idade superior a 60 anos. No Brasil, serão mais de 66,5 milhões, de acordo com o IBGE. Estima-se que até 2040, aproximadamente 57% da população brasileira em idade ativa será composta por pessoas com mais de 45 anos de idade (IPEA, 2010).
As empresas que começarem a trabalhar a gestão da idade poderão tirar vantagem de forças e talentos de diferentes grupos etários, incluindo networking, conhecimento e experiência dos trabalhadores. “É possível fortalecer sua mão de obra e se antecipar à falta de habilidades e talentos num futuro próximo. Outro fator positivo é a redução da rotatividade e de custos com recrutamento. Isso é a longevidade”, destaca Noélly.
Por que pensar em diversidade e longevidade?
Essa é uma pergunta comum na rotina do CIS LP do Sistema Fiep. Com as Rotas, a instituição oferece um caminho de ações para que as organizações possam se antecipar às mudanças demográficas, sociais, culturais e tecnológicas que demandam olhar de longo prazo. “Precisamos construir caminhos desejáveis e inovadores para a tratativa desses temas nos ambientes organizacionais. É muito importante entender o contexto junto a todos os atores envolvidos e desenvolver um planejamento focado em pessoas. Elas são o recurso mais importante para qualquer negócio”, conclui a coordenadora do CIS.
O estudo “Rotas da Diversidade e Longevidade 2035” é gratuito. Todo o conteúdo está disponível neste link.
Descubra o que o Sistema Fiep tem para a sua indústria.

By Paraná Já

Confira!