SÃO PAULO – O Banco Central apresentou, nesta quarta-feira (2), a nova nota de R$ 200, que começa a circular a partir de hoje.
A previsão da entidade é de que, ainda em 2020, sejam impressas 450 milhões de cédulas, que terão a imagem do lobo-guará.
A nota foi oficialmente apresentada em uma cerimônia online, com a presença do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e da diretora de administração da autoridade, Carolina de Assis Barros.
Por que criar uma nota de R$ 200
Segundo o BC, o aumento da demanda por papel-moeda durante a pandemia tornou necessária a injeção de uma quantia adicional R$ 105,9 bilhões de dinheiro em espécie na economia. O valor precisaria ser gerado em um espaço de cinco meses, até agosto, para que começasse a circular ainda este ano.
Os mais de R$ 105 bilhões representam uma quantia extra, para além das encomendas de cédulas já previstas para este ano, que chegam a R$ 64 bilhões também em valor financeiro.
Entre os fatores que exigiram esses valores adicionais em circulação estão os efeitos econômicos da crise gerada pela pandemia e os benefícios sociais implementados na tentativa de auxiliar a população a atravessar a crise, como o auxílio emergencial, saque emergencial do FGTS e o BEm (benefício de manutenção do emprego e da renda).
“Em época de incertezas, dinheiro significa segurança. Famílias fizeram saques para acumular cédulas e esse foi o contexto que levou ao lançamento. O dinheiro em espécie ainda é a base das transações do país e falta de cédulas e moedas poderia significar o não acesso a grande parte da população a itens de consumo básico”, explicou a diretora de administração do BC.
Campos Neto acrescentou que o aumento da demanda por papel-moeda foi notado rapidamente e que o fenômeno não é exclusividade do Brasil. “Percebemos desde o início da pandemia a necessidade de dinheiro em espécie e outros países passaram pela mesma situação. Ainda não tem como prever se essa demanda vai continuar aumentando, nem até quando. Mas o contexto se mostrou oportuno [para lançar a nota]”, disse o presidente do BC.
Carolina explicou também que o BC já havia começado a fazer um estoque de segurança de moedas e cédulas quando a pandemia teve início no país. “Mas mesmo com as medidas tomadas, o numerário disponível poderia não ser suficiente para atender a demanda da população”, disse.
Quando questionada sobre a necessidade de criar uma cédula de valor maior em vez de imprimir mais notas de R$ 100, por exemplo, Carolina explicou que o BC teve que buscar uma solução que fosse passível de ser implementada rapidamente alinhada à capacidade de produção da Casa da Moeda.
“A Casa da Moeda possui três linhas de fabricação. Na esteira que fabrico a nota de R$ 100 também fabrico a de R$ 50 e essa produção é revezada. Na medida que preciso gerar maior valor financeiro em um curto espaço de tempo, não podíamos paralisar a produção da nota de R$ 50 e não tinha como fazer adaptações no parque fabril para criar uma cédula de tamanho superior ao da nota de R$ 100”, afirmou.
A nova nota é inclusive menor que a cédula de R$ 50. Veja:
Além disso, a diretora também compartilhou o custo de produção das notas e quais são as cédulas mais usadas atualmente. Confira:
Notas | Custo para fabricar 1 mil cédulas | Quantos % em circulação hoje |
R$ 100 | R$ 280 | 21% |
R$ 50 | R$ 275 | 32% |
R$ 20 | R$ 309 | 12% |
R$ 10 | R$ 284 | 9% |
R$ 5 | R$ 210 | 8% |
R$ 2 | R$ 205 | 18% |
R$ 200 | R$ 325 | – |
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