O secretário municipal da Educação de São Paulo, Bruno Caetano, declarou que os alunos, no retorno, serão submetidos a uma prova logo nas primeiras semanas do retorno às aulas para avaliar o que foi ou não aprendido EAD na pandemia. “Assim, vamos calibrar o calendário e os reforços. Pode ser que o ano letivo se estenda até 2021 para garantir menores perdas de conteúdo”, avaliou. Caetano disse entender que a maioria dos pais não são professores e pedagogos, então não é justo jogar essa responsabilidade da aprendizagem dos filhos nas costas deles. “Existem esforços, mas nada substitui as interações aluno-aluno e aluno-professor.”
O secretário municipal ainda que não tem data para anunciar a retomada das aulas presenciais na cidade. Porém, ele acha prematuro confirmar que não será possível o retorno às escolas ainda em 2020. “Marcar data para retorno é prematuro, mas afirmar que não volta esse ano também é. Precisamos aguardar a evolução da pandemia, acompanhar dia a dia e semana a semana. Quem vai ditar as normas é a área da Saúde. Não dá para prever como a cidade estará em setembro, outubro, novembro, dezembro. Apesar do grande esforço, nada substitui a aula presencial. Mesmo que os alunos tenham um mês de aula, é melhor que nada.”
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Bruno Caetano falou sobre as diretrizes aprovadas na Câmara Municipal na última quarta-feira (5). “O projeto traz melhores condições para o retorno. Com ele, nós temos espaço para adquirir novas vagas para não deixar a fila da pré-escola voltar; permitir que a secretaria contrate professores temporários, já que os que tem mais de 60 anos ainda não vão voltar às atividades; e adquirir nosso contratos de limpeza. Do ponto de vista pedagógico, as aulas de reforço e o tempo integral devem ser ampliados.”
Sobre a volta facultativa dos alunos, o secretário municipal falou que os pais já tinham uma proteção legislativa sobre o tema. As crianças do Ensino Infantil podem faltar até 40% do ano, os jovens do Fundamental e Médio podem se ausentar 25% dos dias. As famílias que não quiserem mandar os filhos para as aulas podem valer dessas faltas regulamentares. Mas nosso entendimento é que usar esse bolsão seria ruim porque faria que o poder público deixasse de dar suporte pedagógico e alimentar”, avalia. “É melhor que usem esse procedimento e o poder público regulamente a decisão.”