O secretário da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, deu detalhes, em entrevista ao Jornal da Manhã desta quinta-feira (25), sobre a previsão – anunciada na quarta-feira (24) – do estado de que as aulas presenciais da rede de ensino sejam retomadas em 8 de setembro. De acordo com Rossieli, que se recupera de caso grave da Covid-19, o retorno está condicionado a, ao menos, um mês de todas as cidades na fase amarela do Plano São Paulo.
“É lógico que tem gente que quer voltar amanhã, as escolas particulares, e gente que quer voltar mais tarde. A volta no dia 8 terá que ter 28 dias com o estado inteiro dentro do amarelo, hoje não há nenhuma dentro do amarelo, podemos ter nas próximas semanas, mas, para voltar em setembro com 35% da capacidade, a primeira etapa, teremos que ter o mês de agosto todo no amarelo”, explicou.
A ideia do estado é que, com as precauções tomadas, São Paulo evitará o “abre e fecha”. “[Evitará] Como aconteceu agora com muitos municípios, que tiveram que retroagir e retroceder. Se acontecer que uma das regiões saiu do amarelo [em setembro], e por exemplo, foi para o laranja, vamos tratar aquela região, observaremos o caso isolado para resolver o problema.”
Rossieli destacou preocupação com “a saúde de funcionários, estudantes e famílias. São 32% da população, 13 milhões de pessoas, numa regra em que, quando na fase amarela, estaremos na decrescente, como foram nos países que foram voltando nas melhores experiências”. Ele fez o alerta, no entanto, que, caso a marca não seja atingida, as aulas presenciais serão adiadas novamente.
Sobre o sistema de rodízio de alunos, o secretário disse que deverá discutir sobre os protocolos nos próximos dias: ” A rede municipal poderá organizar quem são os estudantes e a privada e estadual também. Teremos protocolos para lançar a discussão. Hoje a ideia principal é que nós tenhamos rodízio dos alunos, que 100% dos alunos possam ir para a escola, pelo menos um dia. A escola faz o acompanhamento e atividades, de como mudar o comportamento, do “novo normal”. Não poderemos ter salas lotadas, no máximo 16 alunos, porque tem de manter o distanciamento de 1,5 metro. E continuando com o ensino remoto.”