Um dos pontos mais polêmicos do plano de retomada de São Paulo é o retorno às aulas. Nesta semana, o governo havia dito que reavaliaria as condições para volta dos alunos à escola, para, na sexta-feira, confirmar o cronograma original. Em entrevista ao Jornal da Manhã deste sábado (18), o secretário da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, o x da questão está nos protocolos que deverão ser cumpridos. “A coisa mais importante não é a data do 8 de setembro, mas a sistemática estabelecida. Temos uma série de fatores para serem cumpridos para chegar a tal. Teremos de chegar com todo estado no Amarelo [do Plano São Paulo] no início de setembro. Se não chegarmos, não teremos as aulas. Decréscimo de casos do coronavírus, ter uma estabilidade, termos os estado inteiro no amarelo, são fundamentais. Se não tivermos em 4 de setembro, não teremos retorno no dia 8 de setembro. É simples.”
O secretário aproveitou para tranquilizar os pais quando ao retorno: “A volta compensa. Se tiver 15 dias de aula presencial já compensa. Nada substitui o professor na sala de aulas e o estudante na sala de aula.” E completou: “Para voltar em 8 de setembro, deverá ter segurança. Estudos no mundo inteiro apontam que o risco para jovens e criança é praticamente zero. O problema é com as comorbidades, como o diabetes. Mesmo para isso, estamos avaliando de na etapa 1, a família, desde que se comprometa a levar matérias na escola, poderá deixar a criança ou jovem no estudo à distância.”
Sobre o ano letivo, Rossieli reforçou que “não há a menor possibilidade” de cancelar o ano letivo. “Não seguir seria tragédia ainda maior, desarrumando todos os sistemas de ensino. Tem de ter saída para ter entrada, senão nem teríamos vagas no próximo ano.”
O nível de exigência dos professores para os alunos também mudou, segundo Rossieli. “Estão olhando caso a caso. Pela primeira vez colocamos uma data limite de inserção das notas, mas hoje não teremos. Os professores estão entendendo a situação, tentando incentivas alunos. A família também deve incentivar o jovem e as crianças. Também o que está sendo avaliado é o conteúdo que está sendo passado. A recuperação do todo será a partir da volta até o final de 2022.”
Uma preocupação na retomada será com o “novo normal”: “O acolhimento deverá ser feito pelos professores, já temos essa preocupação, existem muitas angústias. Ninguém estava preparado para trabalhar remotamente da forma que fizemos. É um aprendizado, mas há o stress a mais. Tem muitos pontos que precisam ser considerados neste momento, para um atendimento melhor. A primeira semana de aula não é para entrar logo de cara, é de acolhimento. O que passou, falar do novo normal, trabalhar profundamente das novas regras, consolidar isso para as crianças e uma avaliação logo após para os conteúdos. A preocupação primeira é com a saúde mental. Temos nossos medos e só podemos voltar com absoluta segurança, estamos falando de setembro, e isso também é importante.”