O governador de São Paulo, João Doria, disse, em entrevista ao Pânico nesta terça-feira (18), que o governo não irá diminuir investimentos em ciência e pesquisas. Segundo ele, as notícias recentes de que o orçamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (FAPESP) seria cortado são falsas. “Fake news têm corrido nas redes sociais. Não vamos reduzir o valor de investimento na ciência, continuaremos a financiar pesquisas na FAPESP”, garantiu. “A produção e o investimento na ciência não será reduzido”, reforçou Doria.
Na semana passada, o governo enviou à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) um projeto para a extinção de algumas autarquias como a Fundação Parque Zoológico, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos e a Fundação para o Remédio Popular. O governador, no entanto, disse que isso não vai impactar o investimento em ciência. “Eles não têm efeito, não precisam existir porque suas funções podem ser cumpridas por outros órgãos do governo”, disse, citando “gestão eficiente e cuidado com o dinheiro público”.
Vacina
Ainda na entrevista, Doria falou sobre a Coronavac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o governo de São Paulo, contra a Covid-19. Ele espera que o primeiro lote fique pronto em dezembro, caso ela seja aprovada. “Essa vacina foi objeto de uma manifestação da OMS como uma das mais promissoras na terceira fase [de testes]”, disse o governador, citando que esta é a “grande esperança” para o fim da pandemia. Os testes estão sendo realizados com 9 mil voluntários da área da saúde e devem terminar até o início de novembro.
João Doria também comentou sobre as críticas ao governo paulista pela parceria com uma empresa chinesa para a produção da vacina. Ele garantiu que sua gestão não irá se distanciar da China por ideologias. “Não há razão nenhuma de agredir a China ou os chineses, maior parceiro comercial do país. É um erro, um equívoco. São Paulo não faz isso e não fará”, disse. “Não há nenhuma razão para desqualificá-la por ser chinesa, pelo contrário”, continuou. O governador também condenou o presidente Jair Bolsonaro por politizar o coronavírus. “O presidente os bolsomions politizaram o vírus, colocaram isso num patamar político inadequado”, lamentou.