Em busca de mais produtividade, agronegócio investe em tecnologia


Inteligência artificial e ferramentas de monitoramento estão entre soluções oferecidas pelo Sistema Fiep para indústrias agro do Paraná Um dos setores mais representativos da economia brasileira, o agronegócio responde por 21,4% do Produto Interno Bruto do país. Somente em 2019, gerou R$ 1,55 trilhão em produtos e serviços, segundo a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA). Para garantir o abastecimento dos mercados interno e externo, a indústria agro não poupa investimentos em inovação: o Ministério da Agricultura estima que 67% das propriedades rurais já utilizam algum tipo de tecnologia. “Embora seja uma das áreas mais tradicionais da nossa economia, também é muito aberta a inovações. Empresas de diferentes portes estão aderindo a novas tecnologias, não só para atividade fim, como plantio e colheita, mas para atividades meio, como gestão de processo e monitoramento de produtividade”, destaca Mário Calzavara, consultor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Sistema Fiep.
Com o HUB de Inteligência Artificial Senai, inaugurado em 2019, a federação fortalece o ecossistema de inovação. Um exemplo é o AI Corporate Innovation Program, promovido pelo HUB por meio do Senai no Paraná. No programa, as startups desenvolvem soluções para temas propostos por cinco indústrias, entre elas a Bunge, multinacional de agronegócio e alimentos, com desafios de inovação nas áreas de análise de crédito, logística, afretamento de navios e digitalização de documentos. “O setor agro é um grande demandante de soluções em IA. Além do programa de inovação aberta, que conecta startups e grandes empresas, também temos um programa de residência na área, e ambos desenvolvem provas de conceito em IA, preparando as empresas para as mudanças da Indústria 4.0”, complementa Mário.
Alta produtividade
Os principais desafios do agronegócio são relacionados à produtividade. Como fabricar mais e melhor, reduzindo desperdícios e agregando valor ao produto? A resposta está na transformação digital. Para acelerar as mudanças, o Sistema Fiep também oferta consultorias por meio do Instituto Senai de Tecnologia (IST). “Operacionalizamos ações de digitalização, automação e robotização de processos para as indústrias paranaenses. No geral, o agronegócio busca ganhos de produtividade, melhoria e digitalização de produtos, além de melhores práticas em governança e gestão de serviços de TI”, diz Silvana Kumura, coordenadora de Tecnologia e Inovação no IST de Londrina.
Foi com o suporte do IST que a TatilFish, de Rolândia, implantou um sistema automatizado para controle e monitoramento da qualidade e temperatura da água para o cultivo de peixes. Quem conta é Luiz Henrique Volso, diretor comercial da empresa: “Buscamos o apoio do Sistema Fiep para transformar o protótipo em uma placa que pudesse ser produzida e comercializada em escala industrial”. Com a ferramenta, é possível acompanhar pelo celular, em tempo real, as necessidades do cultivo. O uso da tecnologia permite economizar 20% dos custos com ração e otimizar o ganho de peso dos peixes.
Em Maringá, a agroindústria Agrifavoretto também já utiliza tecnologia para reduzir custos. O projeto elaborado junto com o IST consiste em um mecanismo diferenciado de rolamento para colhedoras agrícolas que, além de proporcionar um corte ágil e preciso, evita a perda de grãos. O desgaste das colheitadeiras é bem menor e a manutenção preditiva ficou mais fácil. “O ganho por colheita é de, em média, 60 kg de grãos (uma saca) por hectare, em relação a um sistema convencional”, destaca Onivaldo Favoretto, proprietário da empresa.
Desafios para o crescimento
Mesmo com um bom índice de adoção tecnológica no agronegócio, o Paraná ainda tem o desafio de ampliar o alcance junto a pequenas e médias indústrias. A maior parte dos estabelecimentos industriais do estado (95,7%) é de micro e pequeno porte, segundo o IBGE. Por meio das iniciativas do HUB de Inteligência Artificial e dos Institutos Senai de Tecnologia, o Sistema Fiep quer encurtar os caminhos. “Nossa proposta de valor é incorporar inteligência aos processos de gestão e produção das organizações, por meio do uso de tecnologias 4.0. Buscamos ser um ativo para que a indústria do agronegócio possa fazer sua jornada de negócio analógico a negócio inteligente”, finaliza Silvana Kumura.
Inaugurado em 2019, o HUB oferta treinamentos e viabiliza a aplicação de novas tecnologias no setor industrial, contando com uma rede de startups em constante evolução. Já o IST faz parte de uma rede nacional, que tem 60 Institutos Senai de Tecnologia no país.
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By Paraná Já

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