Nesta segunda-feira (1º), o dia em que a Cidade de São Paulo, capital do Estado mais rico do país, inicia as discussões com os setores para a retomada das atividades, ainda restam dúvidas de como será o “novo normal” que vai girar a economia brasileira.
Após quarentena decretada entre 24 de março e 31 de maio, o Estado de São Paulo inicia gradualmente seu retorno. Na teoria, a partir desta segunda, apenas a região de Registro, da Baixada Santista e a Grande São Paulo — com exceção da capital — continuam com o isolamento mais duro.
Para o setor da Alimentação, as projeções são de que o delivery esteja cada vez mais presente na vida dos brasileiros. De acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o grande destaque das vendas na quarentena vai justamente para essa modalidade: a compra de alimentos e bebidas para consumo imediato cresceu 79%.
Ainda atrelado ao mercado das entregas, uma segunda aposta pode ser as Dark Kitchens. As cozinhas compartilhadas, não muito conhecidas no Brasil, pode fazer várias empresas ocuparem o mesmo espaço — e assim dividirem as despesas, minimizando os impactos da crise.
Com a volta dos shoppings centers, o Varejo vai poder reabrir as portas. Para especialistas, tecnologia e criatividade parecem ser as palavras de ordem quando o assunto são as vendas. Ao que tudo indica, mesmo que a economia seja reaberta agora as atividades devem demorar para atingir os patamares anteriores.
A tendência é de que pessoas vão usar o próprio celular para acessar catálogos, cardápios e realizar pagamentos. Aquele conceito de loja cheia e com bom movimento estar associado ao sucesso deve ser igualmente modificado.
Alvo de discussões desde o começo da pandemia, os salões de beleza e as academias de ginástica poderão ser reabertos nas Fases 2 e 3, respectivamente — pelo menos em São Paulo. Para o setor de Serviços, as redes sociais foram aliadas para manter os clientes fiéis durante os meses parados.
Na retomada, o distanciamento social tende a ser um dos principais desafios. Para isso, o agendamento de horário deve ser essencial para que seja possível manter dentro dos espaços apenas um número confortável e seguro de pessoas.
Quanto à Educação, o EAD — educação à distância — deve estar cada vez mais presente nos níveis mais básicos da idade escolar. Para cada faixa etária, desde o ensino infantil até ao superior, os desafios são diferentes.
Principalmente para os mais novos, uma coisa é constante: a interação família-escola deve ajudar, e muito, para que os estudantes sintam os impactos da forma mais branda possível.
Já em relação às formas de Trabalho, o retorno aos escritórios como todo mundo já conhece pode demorar bastante para acontecer. Enquanto isso, até as empresas mais resistentes tiveram que aderir ao home office.
Ao mesmo tempo que a prática pode facilitar, existem desafios: o foco, a produtividade e a saúde mental dos próprios colaboradores. Empresas dos mais diversos setores tentam se reinventar e garantir que os resultados se mantenham os mesmos — ou até melhorem.