Empresa de Curitiba arrematou a companhia de telecomunicações em leilão nesta terça-feira (18). Prefeitura de Londrina e Copel eram as principais acionistas. A expectativa é de que a transferência do controle da Sercomtel seja concluída em 90 dias por uma equipe de transição
Reprodução/RPC
Uma empresa de Curitiba arrematou a Sercomtel Telecomunicações por R$ 130 milhões em leilão realizado nesta terça-feira (18).
A companhia tinha como principais acionistas a Prefeitura de Londrina, no norte do Paraná, com 55%, e a Copel, com 45%.
A Bordeaux Fundo de Investimentos não teve concorrência no leilão e arrematou a Sercomtel pelo valor mínimo.
Segundo a prefeitura, R$ 50 milhões são pagos de forma adiantada, enquanto outros R$ 80 milhões devem ser quitados conforme a necessidade de caixa da operadora.
A venda faz parte do processo de privatização da Sercomtel. A expectativa é de que a transferência do controle seja concluída em 90 dias por uma equipe de transição.
Essa foi a segunda tentativa de venda da companhia. Em janeiro, o leilão não teve interessados.
Prejuízo
A Sercomtel fechou 2019 com prejuízo líquido de R$ 22,9 milhões, segundo a própria companhia. O resultado foi justificado principalmente com a queda da receita na ordem de R$ 14,3 milhões.
Além disso, confirme a companhia, a estimativa de eventuais desembolsos para cobrir ações judiciais classificadas como perda provável cresceu de R$ 55 milhões para R$ 72,1 milhões entre 2018 e o ano passado.
História da Sercomtel
Em 1964, a Prefeitura de Londrina criou o Departamento de Serviços Telefônicos, que, um ano depois, foi transformado em uma autarquia. Quatro anos mais tarde, houve a ativação da primeira central analógica, com 72,8 mil linhas.
A Sercomtel teve autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para operar em todo o estado em 2009. Em 1992, Londrina foi a primeira cidade do interior e a quarta do país a ativar o serviço de telefonia celular com a Sercomtel.
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