Isolamento social cai e otimismo em relação à pandemia no Brasil cresce, diz pesquisa

SÃO PAULO – Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (18) revela que o número de pessoas no país em isolamento completo ou que só saem de casa quando é inevitável caiu em agosto, na comparação com o mês de junho.

No dia 24 daquele mês, o percentual de brasileiros que afirmaram estar em total isolamento era de 12% e 51% diziam sair de casa só quando necessário. Outros 34% diziam sair de casa para trabalhar ou fazer outras atividades e 3% relataram que estavam vivendo normalmente.

Naquele mesmo dia, o Ministério da Saúde confirmou mais 1.185 mortes em decorrência da Covid-19 no Brasil, elevando para 53.830 o total de óbitos no país.

Já em 11 de agosto, quando foram registradas 1.274 mortes por Covid-19, o número de pessoas que responderam cumprir isolamento caiu. No período, 8% dos brasileiros afirmaram que estão em isolamento completo, já 43% só saíam de casa quando era inevitável.

O levantamento foi realizado em 11 e 12 de agosto com 2.065 brasileiros, em pesquisa feita por telefone celular em todas as regiões e estados do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa também revelou que os idosos são os mais cuidadosos durante a quarentena. Enquanto apenas 3% da população de 25 a 34 anos afirmou estar em total isolamento, na faixa de pessoas com 60 anos ou mais o percentual é de 15%.

Na comparação por gênero, cerca de 9% das mulheres se diziam em isolamento social, ante 6% dos homens. Entre as faixas de renda, a população mais pobre tem praticado mais as medidas de distanciamento social.

A taxa de pessoas que ganham até dois salários mínimos em isolamento completo no Brasil foi de 11%, enquanto na categoria de pessoas que ganham mais que dez salários, essa taxa cai para 2%.

Otimismo

O Datafolha também perguntou aos entrevistados como está a percepção deles sobre a situação da pandemia no país. O número de pessoas que acha que a situação no Brasil está melhorando cresceu de 28%, em junho, para 46% no mês de agosto.

Já a porcentagem de quem acredita que a pandemia está piorando caiu de 65% no mês de junho para 43% em agosto.

A pesquisa aponta que o otimismo é maior entre os homens e apoiadores do governo. Mais da metade (55%) dos homens ouvidos na pesquisa acreditam que a pandemia está melhorando, entre as mulheres o percentual é de 38%. Entre as pessoas que acreditam que o governo do presidente Jair Bolsonaro é ótimo ou bom, 61% afirmaram que a situação da pandemia no país está melhorando.

Em relação ao nível de preocupação das pessoas com o novo coronavírus, cerca de 61% dos entrevistados disseram que os brasileiros estão menos preocupados do que deveriam. Em junho, a mesma taxa foi de 58%.

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By Victoria Poletti

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