Justiça concede prisão domiciliar para empresário réu por duplo homicídio em posto de combustíveis, em Curitiba


Acusado deverá usar tornozeleira eletrônica e não poderá manter contato com testemunhas. Investigação aponta que crime foi motivado por uma dívida de R$ 480 mil em pedras preciosas. Câmeras da loja de conveniência registraram o crime, na tarde desta quinta-feira (11), em Curitiba
Câmera de segurança
A Justiça concedeu nesta sexta-feira (21) prisão domiciliar para o empresário Bruno Ramos Caetano, que é réu por duplo homicídio em uma loja de conveniência de um posto de combustíveis, no Centro de Curitiba.
Segundo as investigações, as mortes foram motivadas por uma dívida de R$ 480 mil em pedras preciosas. O crime foi registrado no dia 11 de junho. O advogado Igor Kalluff, de 40 anos, e o amigo e motoboy Henrique Mendes Neto, de 38 anos, foram mortos a tiros, dentro do estabelecimento.
O empresário, que estava preso preventivamente, deverá usar tornozeleira eletrônica e não poderá manter contato com testemunhas. A decisão é do juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba.
“Considerando o término das investigações e a melhor delimitação do suposto envolvimento do acusado no caso em questão, entendo que, no presente momento, sua custódia cautelar não mais se revela necessária, ou mesmo adequada”, afirmou o juiz.
Outros dois homens, identificados como os atiradores, também estão presos e se tornaram réus. Eles são irmãos.
Os três foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por homicídio qualificado com as qualificadoras de impossibilidade de defesa da vítima, mediante dissimulação, motivo torpe e com uso de arma de fogo que possa resultar em perigo comum.
O que diz a defesa
O advogado de defesa do empresário, Cláudio Dalledone Júnior, afirmou que recebeu com naturalidade a decisão da Justiça que converteu a prisão preventiva em domiciliar.
Segundo ele, o cliente é inocente das acusações e provará isso no decorrer do processo.
Investigação do caso
Segundo as investigações da Polícia Civil, o advogado morto no posto foi contratado por um ourives para negociar uma dívida de R$ 480 mil em pedras preciosas com o empresário Bruno Ramos.
De acordo com a Polícia Civil, Bruno devia o valor ao ourives, que contratou o advogado para fazer a cobrança da dívida.
O encontro no posto, de acordo com as investigações, foi marcado para falar sobre o pagamento da dívida. O vendedor de pedras preciosas era considerado testemunha sigilosa da polícia, e prestou dois depoimentos.
Dois homens morrem após serem baleados, em posto de combustíveis
Imagens de uma câmera de segurança da loja de conveniência do posto mostram os denunciados e o momento do crime. Assista ao vídeo acima.
De acordo com a denúncia, foram disparados pelo menos 15 tiros contra as vítimas.
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O empresário Bruno Ramos foi preso na madrugada do dia 12 de junho, na casa da mãe dele, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Empresário disse que se sentiu ameaçado por advogado antes do encontro
Em depoimento, ele disse que o crime não foi premeditado, mas segundo a Polícia Civil, o homem se contradisse nos depoimentos que prestou.
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By Victoria Poletti

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