Nove pessoas foram presas em flagrante, na manhã desta quinta-feira (10), suspeitas de desviar e adulterar carga de farejo de soja no Paraná.
Segundo as informações da PCPR (Polícia Civil do Paraná), o grupo é investigado por adulterar a carga original com areia e casca de soja moída antes que ela chegasse ao destino final.
Quatro funcionários de um barracão de uma empresa foram presos em Ibaiti, no norte do estado. As outras cinco prisões foram feitas em Paranaguá, no litoral do Paraná. Três presos eram motoristas e deveriam fazer a entrega diretamente no Porto de Paranaguá, mas acabavam desviando a carga.
Ainda conforme a polícia, os outros dois presos trabalhavam no Porto e tinham a função de fiscalizar o material antes do embarque.
CONFIRA VÍDEO:
ENTENDA O ESQUEMA DE ADULTERAÇÃO DO FARELO DE SOJA NO PARANÁ

A PCPR autuou os nove presos por estelionato, associação criminosa e adulteração de substância alimentícia.
Conforme a investigação, o farelo de soja original saía de fábrica com 46% de proteína e 54% de outros componentes, como a fibra. Após a adulteração, a carga chegava nos terminais de embarque com 17% de proteína e 29% de areia, além da casca de soja moída e misturada, que era utilizada para atingir peso.
Uma das das empresas que recebia a soja adulterada avaliou o prejuízo de cerca de US$ 1 milhão.
A investigação continua, inclusive na França, onde uma das empresas compradoras do farelo de soja foi vítima da adulteração.
A PCPR conta com análises periciais para identificar todas as adulterações praticadas pela organização criminosa.