Policiais ambientais investigados por realizar acordo com fazendeiros em troca de recebimento de propina são denunciados pelo MP-PR


Promotoria pede que agentes, denunciados por associação criminosa, corrupção passiva, peculato e por condescendência criminosa, sejam demitidos dos cargos. Promotores pedem demissão de 5 policiais ambientais
Cinco policiais ambientais investigados em um esquema que favoreceu fazendeiros e empresários em São Sebastião da Amoreira, no norte do Paraná, foram denunciados por associação criminosa armada, corrupção passiva, peculato e por condescendência criminosa. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pede também que eles sejam demitidos dos cargos.
A denúncia foi oferecida à Vara da Auditoria da Justiça Militar na segunda-feira (18).
De acordo com o MP-PR, os militares mantiveram, entre 2008 e 2019, um acordo com fazendeiros e empresários para cuidar da segurança patrimonial e pessoal mediante pagamento de propina.
Na deflagração da operação chamada de Cachoeira, envolvidos no esquema chegaram a ser presos, mas foram autorizados pela Justiça a responder aos processos em liberdade.
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As investigações apontaram que os militares usaram veículos, armas e farda da Polícia Ambiental para realizar os serviços.
O grupo também é investigado por deixar de praticar atos oficiais, impedindo qualquer fiscalização de possíveis crimes ambientais praticados nas propriedades rurais.
No documento, o MP-PR destaca que os policiais se apropriaram de valores ou de itens doados à Polícia Ambiental. Em um dos casos citados, um dos militares deu aves apreendidas em uma operação como presente a um dos fazendeiros investigados.
O policial ambiental que era chefe do posto foi denunciado pelo crime de condescendência criminosa porque, conforme a denúncia, deixou de responsabilizar os subordinados por desvios de conduta.
Posto da Polícia Ambiental em São Sebastião da Amoreira
Alberto D’Angele/RPC
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By Victoria Poletti

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