O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (25) a nomeação de Carlos Alberto Decotelli da Silva para comandar o Ministério da Educação. Decotelli substitui Abraham Weintraub, que deixou o cargo na semana passada, e será o terceiro chefe do MEC desde o início do governo.
O novo ministro tem 67 anos de idade e é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com mestrado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), doutorado pela Universidade de Rosário, na Argentina, e pós-doutorado pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha. Ele já foi professor na FGV, Ibmec, Febraban e Fundação Dom Cabral.
Aliado de Bolsonaro desde a campanha presidencial, Decotelli assumiu o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em fevereiro de 2019. Antes, ele já havia participado das reuniões de transição do governo, no fim de 2018. O economista chegou ao presidente sob influência da ala militar — ele é oficial da Marinha e atou como professor e coordenador do Jogo de OMPS na EGN- Escola de Guerra Naval, no Centro de Jogos de Guerra, na equipe do Almirante Almir Garnier
Na apresentação como presidente do FNDE, o economista afirmou que queria tornar o órgão referência em gestão financeira da educação no Brasil. “A proposta é que o FNDE mude a sua atuação de agente repassador para cooperador na formulação estratégica da gestão dos recursos públicos destinados à educação, maximizando potencialidades, adequações e responsabilidades na implementação dos programas já identificados pela sociedade brasileira como vitais ao crescimento humano, desenvolvimento intelectual e mobilidade entre escola e residência dos brasileiros”, disse.
Decotelli ainda destacou que queria tornar o Brasil um país “desenvolvido e cientificamente preparado” por meio da educação. “Seguiremos a trilha do que há de mais moderno internacionalmente, na estrutura operacional, para dar consequência e integridade a tudo que fizermos no FNDE”, prometeu na época.
Em agosto do ano passado, Carlos Alberto Decotelli deixou a presidência do órgão e foi para a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp). A secretaria, hoje comandada por Ilda Ribeiro Peliz, é responsável por “planejar, orientar e coordenar, em articulação com os sistemas de ensino, políticas para a educação do campo, para a educação especial de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação”, segundo o site do MEC.