A vacinação em massa contra a Covid-19 na Rússia começará dentro de um mês, segundo anunciou neste domingo Alexandr Ginzburg, diretor do Instituto Gamaleya de Microbiologia e Epidemiologia, que desenvolveu a Sputnik V, primeira vacina registrada contra a doença no mundo. Em entrevista à agência de notícias russa “RIA Novosti”, Ginzburg informou que nos próximos sete ou dez dias começarão os estudos posteriores ao registro da vacina pelo Ministério da Saúde russo, no qual dezenas de milhares de pessoas serão vacinadas. “Aparentemente, o Departamento de Saúde de Moscou planeja incluir médicos que trabalham na chamada ‘zona vermelha’ (onde eles tratam pacientes graves com Covid-19) entre essas dezenas de milhares de pessoas. E isso é absolutamente correto”, acrescentou. O primeiro lote já foi produzido, de acordo com informações do último sábado (15).
Ginzburg disse que os estudos durarão de quatro a seis meses, mas isso não impedirá o início da vacinação em massa da população, que, como as autoridades do país declararam, será voluntária. “A vacinação em massa começará com algum atraso, porque a maioria das vacinas já produzidas será utilizada nos estudos. O resto será então para os cidadãos. O atraso pode ser de duas ou três semanas, talvez um mês”, afirmou.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu com cautela a notícia de que a Rússia havia registrado a primeira vacina do mundo contra a Covid-19, alegando que ela, assim como as demais em desenvolvimento, terá que seguir os procedimentos de pré-qualificação e revisão estabelecidos pela agência.
Enquanto isso, o governo do Paraná assinou na última quarta-feira, 12, um documento para ampliar a cooperação técnica, as transferências de tecnologia e os estudos sobre a vacina russa contra a Covid-19. O acordo é uma sinalização para uma futura testagem, produção e distribuição do imunizante no estado.
*Com Agência EFE