Polícia Civil diz que garota de 19 anos, que tem problemas cognitivos, foi obrigada a manter relações sexuais com os suspeitos em um terreno baldio em julho. Em depoimento, suspeitos alegaram que vítima consentiu os abusos. Imagens mostram jovem sendo abordada por carro onde estavam os suspeitos
Quatro homens, entre eles um sargento do Exército, foram presos suspeitos de participar de um estupro coletivo contra uma jovem de 19 anos em Apucarana, no norte do Paraná. De acordo com a Polícia Civil, a vítima tem problemas cognitivos.
O sargento do Exército suspeito do crime foi preso no dia 14 de agosto e os outros três rapazes foram detidos na segunda-feira (18). Os suspeitos têm 19, 21, 25 e 30 anos.
Imagens de uma câmera de segurança no local onde a vítima foi abordada ajudaram a polícia a solucionar o crime que ocorreu na madrugada de 23 de julho. Um carro, onde, segundo a Polícia Civil, estavam os quatro investigados, para e logo depois some do vídeo levando a vítima.
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Segundo a delegada Sandra Nepo, a garota foi obrigada a entrar no veículo e levada para um terreno baldio, no bairro Jardim Catuai, onde o estupro ocorreu. Depois disso, ainda conforme a Polícia Civil, a menina foi deixada na rua.
A Delegada da Mulher detalhou que horas antes de ser abordada pelos suspeitos, a vítima brigou com a mãe, saiu de casa e ficou vagando pelas ruas.
A jovem estuda na Apae de Apucarana e toma remédios controlados para depressão e convulsão.
A Polícia Civil chegou até o militar do Exército após receber uma denúncia anônima.
“Pedimos ajuda do Comando do Exército para saber se o carro que apareceu nas imagens pertencia a um dos militares e eles, prontamente, descobriram de quem era o veículo. Nos apresentaram as informações que precisávamos, pois eles não compactuam com esse tipo de atitude”, disse a delegada Sandra Nepo.
Até a publicação desta matéria, o Exército não havia se manifestado sobre o assunto.
Imagens de carro ajudou a Polícia Civil a descobrir as identidades dos autores do crime
Polícia Civil/Divulgação
Depoimentos
Os quatro suspeitos foram interrogados na segunda-feira. À Polícia Civil os quatro rapazes confessaram que tiveram relações sexuais com a vítima e alegaram que ela consentiu.
Sandra Nepo afirmou que em razão da deficiência mental, a garota não poderia consentir o ato.
Os suspeitos devem ser indiciados por estupro de vulnerável.
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