Trabalho de agentes sociais e de instituições que atendem pessoas em situação de rua é ampliado em dias de temperaturas muito baixas . Em Maringá, moradores são levados para um albergue que é mantido com doações da comunidade. Frio intenso faz municípios ampliarem atendimento a moradores de rua
O trabalho de agentes sociais e de instituições que acolhem moradores de rua tem sido fundamental nestes dias de frio. Municípios de todas as regiões do estado estão ampliando o atendimento a quem vive nas ruas.
No inverno, as madrugadas podem ser severas para quem vive nas ruas. Nessa semana, o risco para quem não tem uma casa ou um abrigo para morar ficou ainda maior devido às baixas temperaturas.
Não há corpo encolhido que se aqueça facilmente. Para quem não tem com o que se proteger, o calor vem da solidariedade de voluntários e de agentes sociais que trabalham para as prefeituras.
Nas madrugadas curitibanas, as equipes não desistem. Percorrem a cidade para socorrer quem tem apenas marquises como proteção.
A Fundação de Ação Social (FAS) realiza ao longo do ano o trabalho de abordagem a moradores na capital do Paraná. Durante as conversas, as assistentes sociais oferecem abrigo, quem aceita ajuda é levado para centros sociais. Nos locais é possível tomar banho e fazer uma refeição.
Em Maringá, o trabalho também é desenvolvido o ano todo e intensificado em dias mais frios. A equipe da prefeitura verifica a situação e, se a pessoa aceita ajuda, oferece acolhimento.
Quem não quer ajuda, os técnicos distribuem cobertores limpos e secos para esses moradores . É uma tentativa de amenizar o frio das ruas.
“Ampliamos o número de equipes que passam ofertando acolhimento quando há registros de temperaturas abaixo de 10°C. Quatro equipes rodam das 20h às 2h. Se há a recusa pelo acolhimento, oferecemos o cobertor”, explicou o educador social de Maringá, Marco Augusto da Silva.
Moradores de rua sendo atendidos por equipes da FAS em Curitiba
Reprodução/RPC
Acolhimento em albergue
Os que aceitam acolhimento são levados para o albergue Santa Luiza de Marilac.
Por causa da pandemia, no albergue, as pessoas são divididas em dois grupos.
No primeiro ficam moradores de rua acolhidos recentemente. Eles precisam cumprir quarentena de 14 dias para evitar um possível contágio do novo coronavírus.
Depois desse período, elas passam para o segundo grupo e podem ficar no albergue por 90 dias.
Quem procura o albergue, mas não quer entrar, pode tomar banho três vezes por semana e ainda recebe roupas e marmitas.
“Através do serviço de acolhimento da Secretaria de Assistência Social rodam toda a cidade buscando pessoas que precisam de apoio. Eles trazem essas pessoas até nós, fazemos a triagem, acolhemos, damos banho, refeição e pouso. Há ainda o acolhimento de pessoas que batem na nossa porta por conta própria”, disse o administrador do albergue, Marcos Hernerguer.
Além do frio, a pandemia do novo coronavírus também aumentou a quantidade de pessoas que pedem ajuda no albergue de Maringá.
“Desde o início da pandemia a demanda aumentou consideravelmente. Antes, servíamos de 400 a 450 refeições diariamente, hoje estamos em quase 600 refeições servidas por dia”, completou o administrador.
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