Testemunha disse que homem envolvido em batida no Água Verde, em Curitiba, tinha sinais de embriaguez, diz delegado


Uma mulher que estava em outro carro envolvido na batida morreu seis dias depois do acidente. Em depoimento à polícia, homem negou que tinha bebido antes de dirigir. Testemunha ouvida pela polícia contradisse homem que se envolveu em acidente em Curitiba
Uma testemunha afirmou à polícia que um dos motoristas envolvidos no acidente no bairro Água Verde, em Curitiba, na madrugada de sexta-feira (28) tinha sinais de embriaguez, segundo o delegado da Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba (Dedetran) Leonardo Carneiro.
Uma outra motorista envolvida na batida, Bernadete Scremin, de 48 anos, morreu seis dias depois. Segundo o delegado, o carro que ela dirigia avançou uma preferencial e bateu contra um muro, após bater no carro do outro motorista, Marcelo Schiavinato.
“A própria testemunha chegou a questioná-lo se estava tudo bem, tendo ele falado de forma enrolada, de fala arrastada, que é um sintoma de embriaguez”, afirmou o delegado.
O delegado afirmou que foram encontradas garrafas de bebida alcoólica dentro do carro de Schiavinato.
Moradores disseram que o motorista do outro carro envolvido fugiu a pé do local sem prestar socorro
RPC/Reprodução
“Vamos fazer uma perícia nas garrafas para saber se houve manuseio nestas bebidas, assim como a colheita de material genético nestas garrafas para verificar se ele chegou ou não a ingerir as bebidas destas garrafas”, afirmou o delegado.
Além de investigar se o homem tinha bebido antes de dirigir, a polícia apura se ele deixou o local sem prestar socorro à vítima.
Acidente aconteceu na madrugada desta sexta-feira (28), em Curitiba
Tony Mattoso/RPC
Imagens de câmeras de segurança mostram o motorista deixando o local da batida.
Em depoimento à polícia na terça-feira (1º), Schiavinato disse que não bebeu antes de dirigir. Ele também afirmou que estava sem bateria no celular e deixou o local para procurar ajuda.
Vítima disse que pediu ajuda
Bernadete Scremin afirmou, em uma entrevista à RPC enquanto ainda estava no hospital, que chegou a pedir ajuda ao outro motorista após a batida.
“Eu vi um senhor vindo em minha direção, um senhor assim alto, falando ‘ai meu carro’, e eu pedi socorro para ele”, disse Bernadete.
Bernadete Scremin morreu seis dias após batida, em Curitiba.
Reprodução/RPC
De acordo com o advogado dela, Igor José Ogar, Bernadete chegou a receber alta hospitalar na quarta-feira (2), mas na saída da unidade passou mal, voltou a ser internada e morreu após três paradas cardiorrespiratórias.
“Segundo o médico, ela tinha um grande coágulo no crânio resultante do impacto”, disse o advogado.
Com a morte de Bernadete, segundo o delegado Leonardo Carneiro, o inquérito passa a ser investigado como homicídio culposo.
A defesa de Marcelo Schiavinato afirmou que vai se manifestar nos autos.
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By Victoria Poletti

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