Universidades federais de SP pedem que Enem seja adiado para 2021

As universidades federais de São Paulo e o Instituto Federal do Estado lançaram um manifesto pelo adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. As entidades pedem que o exame seja aplicado apenas no início do ano que vem por conta da pandemia do novo coronavírus.

Em nota, as entidades educacionais afirmam ser “notório que a pandemia tem comprometido sobremaneira as condições de continuidade e conclusão dos estudos das alunas e alunos do ensino médio, potenciais candidatos ao exame e que sonham com a oportunidade de acesso ao ensino superior”.

No manifesto, reitoras e reitores da Unifesp, UFSCar, UFABC e IFSP apelam para que as autoridades responsáveis revisem os prazos e períodos do cronograma do Enem. Entre os pedidos está a prorrogação ou a criação de novos prazos para inscrições e, consequentemente, o adiamento para “datas razoáveis no início de 2021”.

As inscrições para o Enem começaram na última segunda-feira (11) e seguem até o dia 22 de maio. De acordo com as datas divulgadas pelo MEC, haverá duas edições na prova. Entre os dias 1º e 8 de novembro (versão presencial); e entre 22 e 29 de novembro (versão digital).

De acordo com o manifesto, novas datas permitiriam aos alunos concluírem seus estudos neste ano e às instituições de ensino superior se reorganizarem “para bem recepcionar seus novos estudantes no ano que vem”.

“Nosso objetivo é evitarmos que ocorra um grave prejuízo aos estudantes do ensino médio no acesso ao ensino superior que, em função da pandemia, estão submetidos a condições muito desiguais de isolamento social e de acesso às ferramentas de ensino remoto, agravadas pelas enormes desigualdades sociais em todo o Brasil e, em especial, no Estado de São Paulo”.

As entidades demonstram também preocupação com a igualdade de condições entre os estudantes. E lembram que o adiamento dos exames de acesso ao ensino superior “já foi adotado por vários outros países, que reconheceram os prejuízos que a pandemia provoca na rotina dos sistemas de ensino básico e superior.”

*Com Estadão Conteúdo

By Victoria Poletti

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