Parlamentar foi alvo de uma operação do Gaeco; ela cumpre prisão domiciliar. Vereadora de Curitiba Fabiane Rosa é suspeita de ‘rachadinha’
Divulgação/ Câmara de Curitiba
Os vereadores do Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba começaram a analisar, nesta quinta-feira (20), o suposto esquema da “rachadinha” no gabinete de Fabiane Rosa (PSD).
A Casa informou que Marcos Vieira (PDT) e Professora Josete (PT) foram escolhidos como relator e vice-relatora, respectivamente. O processo interno foi aberto e, a partir da notificação, Fabiane Rosa tem 15 dias para apresentar a defesa.
Procurada pela RPC, a defesa da vereadora não quis comentar o caso.
Antes da suspeita de “rachadinha”, Fabiane Rosa era presidente desse conselho. A parlamentar foi alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
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Investigação
Ela foi presa no dia 27 de julho, e pouco mais de duas semanas depois, teve a prisão convertida para domiciliar.
As investigações apontam que Fabiane Rosa recebia um repasse de parte do salário dos assessores.
A RPC teve acesso a vídeos e um áudio que fazem parte da investigação. Eles foram entregues ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) por ex-assessores de Fabiane Rosa. O áudio e o vídeo foram gravados em 2018.
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As imagens mostram, segundo o MP-PR, assessoras repassando parte dos salários para a vereadora, dentro do gabinete dela na Câmara Municipal.
Vídeo gravado em 2018 mostra assessora repassando dinheiro à vereadora Fabiane Rosa, segundo MP-PR
Reprodução/RPC
Em depoimento, elas contaram que o valor dos repasses variava de R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil por mês.
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Já o áudio, de acordo com o MP-PR, revela Fabiane Rosa pedindo o repasse para duas assessoras: “Vocês que têm os salários maiores do gabinete, eu quero pedir que vocês também colaborem com um valor todo mês porque eu não tenho o que fazer.”
As assessoras que denunciaram o esquema foram exoneradas ainda em 2018.
Fabiane Rosa foi eleita defendendo a causa dos animais. Conforme as investigações, ela pediu parte do salário para pelo menos dez assessores. Ela justificava que era usado para bancar despesas de uma ONG que cuida de cachorros abandonados.
Fabiane Rosa foi denunciada pelo MP-PR pelos crimes de concussão e peculato.
Vereadora de Curitiba Fabiane Rosa foi alvo de uma operação do Gaeco
Reprodução/RPC
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