Covas sobre volta às aulas em São Paulo: ‘Quem vai definir a data é a área da saúde’

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse nesta quinta-feira, 30, que é a área da saúde quem vai definir a volta às aulas dos cerca de 960 mil alunos da rede municipal de educação. Na quarta, 29, a Câmara Municipal aprovou em primeira votação um projeto do Executivo que prevê uma série de medidas para o retorno dos estudantes às escolas. O Plano São Paulo, programa de reabertura econômica do Estado, prevê que as aulas presenciais retornem no dia 8 de setembro, caso todo o Estado esteja na fase amarela do plano por quatro semanas até a chegada dessa data.

“Quem vai definir a data de retorno às aulas não é pressão política do grupo A, B ou C. Quem vai definir a data é a área da saúde. Foi a área da saúde que solicitou que a gente suspendesse as aulas e somente quando a área da saúde entender que é possível a volta às aulas é que nós voltaremos às aulas de São Paulo”, disse Covas em entrevista coletiva transmitida da sede da Prefeitura ao ser perguntado sobre a decisão da prefeitura de Mauá, na Grande São Paulo, de retomar as aulas somente em 2021.

“Eu sou responsável por 960 mil crianças que estudam na nossa rede municipal, fora as outras crianças que estudam na rede do Estado e na rede privada, e somente quando a Prefeitura tiver tranquilidade sobre o momento adequado e o momento certo é que nós vamos retomar as aulas”, complementou o prefeito. Covas convocou a coletiva para fazer um balanço das ações da Prefeitura até o momento, olhando principalmente para a área social. No evento, citou que o cartão-alimentação, de R$ 55, que passou a ser entregue às famílias dos estudantes para substituir as merendas escolares, será entregue a partir de agosto para todos os alunos. Atualmente, só dois terços dos alunos recebem.

Para obter o cartão, a família deve fazer um cadastro no site da Secretaria Municipal da Educação. O projeto de lei aprovado na quarta-feira, 452/2020, ainda precisa passar por uma segunda votação antes de ser levado à sanção do prefeito. O texto altera regras do orçamento para permitir à Prefeitura que aumente a contratação de entidades privadas para oferecer mais vagas em creches e profissionais em caráter emergencial.

Segundo nota da Câmara, o texto também amplia o atendimento do ensino integral e permite que a Prefeitura dê dinheiro às famílias dos alunos para a compra de material escolar e uniformes. Na próxima terça-feira, 4, haverá uma audiência pública virtual para debater o projeto, que teve 32 votos favoráveis e 16 contrários, na votação de quarta-feira. “É um projeto que cria as possibilidades para que quando a saúde autorizar a gente esteja preparado para o retorno às aulas”, comentou Covas sobre o texto.

*Com Estadão Conteúdo

By Victoria Poletti

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