Laudo mostra troca de mensagens com foto de esmeraldas que motivaram duplo homicídio em posto de combustíveis


Empresário apontado como mandante e outros dois homens viraram réus pelo crime, que aconteceu em junho, em Curitiba; advogado e amigo foram mortos a tiros. RPC tem acesso a laudos do caso do duplo homicídio em posto de combustíveis, em Curitiba
Laudos da Polícia Civil, obtidos pela RPC, mostram uma troca de mensagens com uma foto das esmeraldas relacionadas a uma dívida que motivou o duplo homicídio em um posto de combustíveis, em Curitiba.
Na conversa apresentada em um dos laudos, Bruno Ramos, réu apontado como mandante do crime, troca mensagens com um ourives sobre as pedras preciosas.
Ramos enviou a foto das esmeraldas e, segundo o laudo, escreveu: “Brigando por conta disso é demais para mim”.
O crime ocorreu no dia 11 de junho, em uma loja de conveniência de um posto, no Centro da capital, e foi motivado por uma dívida de R$ 480 mil em pedras preciosas, segundo a polícia.
Laudo mostra troca de mensagens com foto de esmeraldas de dívida que motivou duplo homicídio em posto de combustíveis
Reprodução/RPC
O advogado Igor Kalluff, de 40 anos, e o amigo e motoboy Henrique Mendes Neto, de 38 anos, foram mortos a tiros.
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Além de Bruno Ramos, os irmãos Ilson Bueno de Souza Júnior e André Bueno de Souza, réus denunciados por terem atirado contra as vítimas, foram presos.
A polícia trabalha para encontrar um quarto suspeito, que aparece armado na cena do crime, mas não atira.
Os três réus foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por homicídio qualificado com as qualificadoras de impossibilidade de defesa da vítima, mediante dissimulação, motivo torpe e com uso de arma de fogo que possa resultar em perigo comum.
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Imagens de uma câmera de segurança da loja de conveniência do posto mostram os réus e o momento do crime. Assista ao vídeo acima.
De acordo com a denúncia do MP-PR, foram disparados pelo menos 15 tiros contra as vítimas.
Laudo
Segundo a investigação as mensagens trocadas entre Ramos e o ourives foram enviadas antes do duplo homicídio.
A polícia informou que a conversa apresentada no laudo aconteceu ainda quando o réu era cobrado pelo advogado Igor, que procurou Bruno dizendo que havia sido contratado para cobrar a dívida envolvendo as pedras preciosas.
Os dois marcaram um encontro em um posto para tratar do assunto, conforme a polícia. Na data do encontro, as câmeras de segurança flagraram o momento em que Igor e Henrique foram baleados.
Os tiros, segundo as investigações, foram disparados pelo irmãos Ilson e André.
No laudo, a perícia apontou onde os tiros acertaram cada uma das vítimas e destacou que, em Henrique, os tiros foram disparados a uma curta distancia.
As câmeras do posto também registraram o momento em que Bruno chegou ao posto de combustíveis, acompanhado por duas pessoas, sendo o ourives e um dos atiradores.
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Após ser preso, Bruno informou à policia que se sentiu ameaçado pelo advogado e que decidiu levar um conhecido para acompanhá-lo. O empresário disse que não sabia que o conhecido levaria outras pessoas e nem que estaria armado.
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Reprodução
Outro lado
A defesa de Bruno Ramos informou não querer se manifestar sobre o assunto neste momento.
O advogado da família de Igor disse que os laudos apresentados comprovam que o crime foi cometido pelos irmãos, a mando de Bruno.
A defesa de Ilson e Andre informou que o laudo do local de morte comprova a tese da defesa “no sentido de que as qualificadoras são improcedentes, em especial, a qualificadora do perigo comum”.
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Arquivo pessoal
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By Victoria Poletti

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