De acordo com MPF, esquema entre a empresa dinamarquesa Maersk e a Petrobras causou prejuízos de mais de U$ 20 milhões à estatal. Denúncia foi baseada nas informações colhidas na 70ª fase da operação Lava Jato.
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A força-tarefa da operação Lava Jato denunciou os executivos ligados à empresa dinamarquesa Maersk Wanderley Saraiva Gandra e Viggo Andersen por corrupção ativa e Eduardo Autran, ex-gerente-geral de Transportes Marítimos da Petrobras, por corrupção passiva e peculato.
A denúncia, baseada na 70ª fase da operação Lava Jato, foi apresentada na quarta-feira (19). Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os três eram responsáveis por um esquema de pagamento de propina em contratos de afretamentos de navios entre a estatal e a empresa.
Segundo a denúncia, apenas em antecipação de contratos e pagamentos por fretes em valores acima dos praticados no mercado, o prejuízo estimado da Petrobras foi de mais de U$ 20 milhões.
A investigação nos contratos foi baseada no acordo de colaboração premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
O G1 tenta contato com os denunciados.
Propina
Segundo a denúncia do MPF, Viggo Andersen era representante da Maersk no Brasil e, por meio da empresa Gandra Brokerage, de Wanderley Saraiva Gandra, pagou mais de R$ 4 milhões de propina a Paulo Roberto Costa entre 2006 e 2014.
Em contrapartida, segundo a força-tarefa, Costa forneceu à Maersk informações privilegiadas sobre as demandas da Petrobras no afretamento de navios de grande porte.
De acordo com o MPF, Eduardo Autran era subordinado de Paulo Roberto Costa e participou do esquema de recebimento de propina montado pelo então diretor da estatal.
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Lava Jato denuncia três pessoas por corrupção em contratos de afretamentos de navios com a Petrobras
